As Origens

As primeiras cartas estelares do Egito datam de cerca de 4 200 a.C. e, embora sejam astronômicas, não se pode afirmar que houvesse distinção, àquela época, entre astronomia e astrologia.
Alguns historiadores afirmam que a astrologia surgiu na Suméria, por volta do IV milênio a.C. Por este motivo, durante muitos séculos, na Europa, os astrólogos foram chamados de caldeus. Uma das mais antigas referências foi encontrada em Nínive (Babilônia), na biblioteca de Assurbanipal. No entanto, a observação do céu à procura de presságios pode ser bem anterior, naqujela região de clima imprevisível, onde as cheias dos rios Tigre e Eufrates não obedeciam um ritmo anual como as do Nilo.
Em tempos mais recentes, tem-se discutido a possibilidade de ser outra a origem da astrologia: a civilização do Vale do Indo, ou harapana. Em comum, essas duas civilizações compartilham a ênfase no papel das estrelas, pano de fundo e baliza do movimento do Sol e da Lua. Em Harappa teria se originado o conceito de nakshatra (sânscrito, "os imortais"), manazil (árabe) ou mansão lunar, que mais tarde daria origem ao zodíaco. Em ambas regiões o Sol causticante não é, como na fria Europa, o doador da vida, e sim a Lua, com as marés que provoca no mundo físico e nos seres vivos. Portanto, os nakshatras mediam a passagem da Lua pelo céu, sendo cada um destes asterismos a medida de arco média percorrida pela Lua em um dia.

Na Antiguidade

Os sacerdotes caldeus nos legaram a primeira noção de zodíaco, ao observar que o Sol e a Lua cruzavam sempre as mesmas constelações dentro de uma faixa celeste que chamaram de Caminho de Anu. Contra o fundo de estrelas fixas, cinco estrelas errantes se moviam, os planetas, e seu caminho também se restringia ao espaço delimitado no céu pelo movimento aparente do Sol, a eclíptica. As eclipses eram, aliás, um dos mais importantes presságios para todos os povos antigos.
As previsões eram um guia para a agricultura, as cheias dos rios e outros fenômenos naturais, sendo depois estendidas para catástrofes decorrentes de ação humana, como guerras.
Fragmentos de documentos do reinado de Sargão da Acádia, (2 870 a.C.) mostram que as previsões eram feitas com base no movimento do Sol e da Lua, dos planetas, de cometas, meteoros e outros fenômenos. Mesmo as condições atmosféricas ao começo do dia, que possivelmente era medido a partir do pôr do sol, indicavam como seria o dia seguinte. Se esse dia era o primeiro do mês lunar, as previsões se estendiam para o mês, se era o primeiro do ano (medido pelo nascimento ou ocaso heliacal de determinada estrela), valiam para o ano.
Do tempo do rei assírio Assurbanipal (século VII a.C.) são as mais antigas efemérides escritas que nos chegaram. Isto mostra que, à época, o conhecimento dos ciclos dos planetas era suficiente para permitir elaborar tábuas de seu movimento.
A astrologia babilônica se dedicava a prever eventos que influenciavam a vida coletiva, através de seu efeito sobre o rei, que personificava o bem-estar do reino. Após a tomada de Alexandria é que a astrologia começou a estudar o homem. O horóscopo mais antigo para uma pessoa data de 20/04/409 a.C..[carece de fontes?]
No Egito surgiu Hermes Trimegisto que, afirmam alguns, é o escritor de um livro, Kaibalion, onde estão os "7 princípios do universo e da Astrologia".
Na Grécia foi fundada, por volta de 640 a.C., uma escola onde se ensinava astrologia. Aristóteles (que difundiu a idéia dos quatro elementos - água, fogo, ar e terra - influenciando o comportamento), Hiparco (que descobriu a precessão dos equinócios) e Ptolomeu (que apresentou em livros muito do que se sabe atualmente das bases principais da astrologia) são figuras importantes, que usavam a astrologia principalmente para reis e países. Mas ainda na Grécia este estudo se popularizou.
Em Roma a astrologia era consultada pelo povo e por reis e rainhas, inclusive o Imperador Augusto cunhou moedas com o seu signo. E Tibério estudava o mapa astrológico dos seus rivais.
A decadência do Império Romano significou a decadência da cultura legada da Grécia e do Oriente. A astrologia caiu para um estado de superstição, fato que levou a Igreja Católica a condená-la, ignorando as referências astrológicas no Evangelho de Lucas (os reis magos) e no Apocalipse. Assim, Agostinho de Hipona, que estudara astrologia, a renega após sua conversão.


Na Idade Média

A filosofia e a cultura clássicas sobreviveram durante a Idade Média européia graças aos árabes e ao Califado de Bagdá. Bagdá, capital do estudo astronômico no século X, foi sede também de uma astrologia de cunho empírico, estritamente prática e previsiva, como convinha a esse povo que criou o comércio internacional. O maktub árabe passaria a fazer parte da astrologia mediterrânea.
Isidoro de Sevilha (c. 636) foi um dos primeiros a separar astrologia e astronomia, embora ambas tenham sido separadas apenas n século XVI, quando o sistema de Copérnico substitui o de Ptlomeu.

Astrologia árabe

O maior astrólogo árabe foi Albumazer. Seu livro Introductorium in astronomiuum foi um dos primeiros a ser traduzido, no início da Idade Média, na Espanha. Nas Universidades da Espanha e Itália havia cadeiras de Astrologia. Estudos indicam que a astrologia influenciou inclusive a Cabala.
Outro árabe importante foi Abu'l-Rayhan Muhammad Ibn Ahmad Al-Biruni.
Difusão européia

Na Idade Mëdia da Europa surgem astrólogos e defensores da astrologia em vários países.
Michael Scott (morto em 1235) a defendeu em seu Liber introductorium.
Santo Alberto Magno (c. 1200-1280), em resposta à discussão entre teólogos sobre ser a astrologia "ciência legítima" ou "arte adivinhatória", separou a astrologia das associações pagãs que ganhara no ocaso do Império Romano. Percebeu o valor teológico da ciência e filosofia gregas a árabes e recuperou os ensinamentos esquecidos de Aristóteles.
Tomás de Aquino (c. 1225-1274) viu os ensinamentos da astrologia como complementares à visão cristã.
Na Universidade de Bolonha, onde estudaram Dante e Petrarca, a cátedra de astrologia foi instalada em 1125.
Na Idade Média os astrólogos eram chamados mathematici, pois a astrologia era a aplicação mais importante da matemática. A prática da medicina era baseada na determinação astrológica do tratamento adequado, portanto os médicos também eram matemáticoa (como Tycho-Brahe).
Dante expõe ao ridículo, no Inferno da Divina Comédia, os astrólogos Guido Bonatti (conselheiro de Guido de Médici) e Michael Scott, mas por misturarem eles necromancia à astrologia, abusando dos conhecimentos que tinham obtido.
Cecco d'Ascoli, professor de astrologia em Bolonha, foi queimado vivo na fogueira em 1327 não por ser astrólogo, mas por suas opiniões heréticas.

Renascença

O Renascimento trouxe uma difusão da astrologia, apoiada inclusive pelo Papado.
Copérnico (seu trabalho sobre o heliocentrismo foi conhecido devido a um astrólogo - Reticus - que o imprimiu e acrescentou, com o consentimento do autor, um capítulo sobre Astrologia), Paracelso (botânico), Nostradamus, Tycho Brahe (médico e astrônomo), Galileu, Kepler e Newton estudaram e usaram a astrologia.
Copérnico, ao propor o heliocentrimo, recuperava o conhecimento de Aristarco. Tycho-Brahe viria, com suas acuradas observações dos movimentos planetários, na Dinamarca, a fornecer dados para comprovar a teoria de Copérnico. Kepler foi assistente de Tycho-Brahe. Em seu Concerning the more certain fundamentals of astrology (1602), expõe em 75 teses a forma como o Sol, a Lua e os planetas influenciam os acontecimentos na Terra.
A astrologia e a astronomia eram, de início, um mesmo estudo. Tycho Brahe, por exemplo, nascido em 1546, era médico e astrônomo em Copenhague, mas também astrólogo do rei da Hungria.

Tempos modernos

A cisão entre astronomia e astrologia levou, por um lado, à popularização desta, por outro, a seu patamar mais baixo. A astrologia popular européia dos séculos XVIII e XIX não pode ser considerada séria.
A situação muda no século XIX com os seguidores de Helena Blavatsky, e depois com Alan Leo, na Inglaterra. Blavatsky traz uma vertente oriental, da Índia, que vai conformar a astrologia desta época com aos fundamentos da teosofia.
A partir das últimas décadas do século XX, graças ao espírito do tempo houve um aumento do número de pessoas que se interessam pela psicologia e sob a influencia da Astrologia Humanista de Dane Rudyhar a astrologia passa a ser predominantemente psicológica em lugar de previsiva, sua meta passa a ser o autoconhecimento profundo.
Nesse começo de século XXI, com a expansão da informação pela internet, e o aumento do intercâmbio cultural entre oriente e ocidente, estão sendo retraduzidas obras antigas, a partir das versões mais próximas da fonte original. É o caso da tradução direta do árabe para o inglês de livros que ficaram conhecidos na Europa através de suas rtraduções espanholas ou italianas. Textos originalemnte em, latim estão sendo revistos.
Novos paradigmas filosófico-científicos também estão influenciando a astrologia. A complexidade, o holomovimento de Bohm, os campos morfogenéticos de Sheldrake, e muitas outras novas linhas de pesquisa e de integração do conhecimento e da vida humanos, vêem na astrologia um instrumento importante para a compreensão da teia que forma a realidade em que estamos todos inseridos.
Em outros países

Na Índia a astrologia Jyotish é usada habitualmente há longo tempo. Na China a astrologia continua a florescer. Ambas, bem como a astrologia reintroduzida no Egito no período helenístico, têm forte influência da astrolgogia grega, sendo portanto tardias.
O Tibete tem sua astrologia, mais recente, que é usada em diagnósticos médicos, entre outras utilidades.
Já os maias tinham uma astrologia autônoma, desenvolvida em seus observatórios astronômicos extremamente precisos.

Fontes:
Anna Maria Costa Ribeiro: Conhecimento de astrologia, Editora Hipocampo.
Derek e Julia Parker: O grande livro da astrologia, Círculo do Livro. Johannes Kepler, Concerning the more certain fundamentals of astrolgy

O que é Astrologia

Para definir Astrologia, Llewellyn George, autor do Livro “A to Z Horóscopo marker and delineator” de 1910, é quem diz: “A Astrologia é a primeira ciência conhecida pelo homem e hoje reconhecida como mãe de todas as ciências. Uma ciência que é definida já no seu nome, que teve origem em duas palavras: Astra (estrela) e Logos (razão). Ou seja, a doutrina é a lei como é mostrada pelas estrelas ou planetas”

Para o Astrólogo Alpherath, autor do tratado de astrologia, de 1929: “A Astrologia é uma ciência experimental, de observação, que estuda as relações entre o homem e os planetas do sistema solar. Ela reduz a leis, de acordo com a freqüência e permanência de certas configurações planetárias, a influência dos astros sobre todos os acontecimentos que tem relação com ele”.

A Astrologia e um maravilhoso instrumento para o conhecimento de si mesmo, identificando os poderes e capacidades que possuímos e que podemos capitalizar e os modos pelos quais criamos nossos próprios problemas. Os planetas não são responsáveis por nossa felicidade ou infelicidade, apenas indicam as maneiras como temos provocado nossa auto-realização ou nossas derrotas. (Donna Cunnhingham)

O Cosmo Magnífico


Para entender a astrologia tem que despir do rigor da racionalidade tão forte no mundo da vida, e diga-se de passagem, os mecanicismos científicos são muito rigorosos. Mas, este rigorosismo fecha espaços para os campos mais sutis e toda aplicação deste método, excluí o próprio UNIVERSO e o observa de longe.

É preciso abrir os canais para um estado espiritual, acender aos caminhos da mente e do coração libertando a verdadeira essência .

É preciso olhar e enxergar além da lente medíocre, e construir um espaço aberto para enxergar a magnifiçência do Universo.

Seguindo atrás deste magnifíco Universo.


 

©2009 Recanto da Astrologia | by TNB